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Alta velocidade por Bragança ou por Viseu? O Porto que decida e Lisboa que o faça
O Sobre Carris esteve neste sábado a gravar ao vivo onde o comboio não chega, nem nunca chegou. Ali quedou-se a 12 quilómetros, na aldeia de Duas Igrejas. Projectos havia, inclusive para ligar a Zamora, mas o dinheiro escasseou. Reza a lenda que o pouco que se ia gastar aqui, nos 12 quilómetros entre Duas Igrejas e Miranda do Douro, acabou por ser empregue no ramal para a cidade de Tomar. Sorte ao sul. Isolamento a norte. O comboio que subia o Sabor podia não ser rápido ou o mais confortável, mas era uma linha de progresso vista como um cordão umbilical que ligava a gente às suas necessidades mais básicas. Nunca chegou ao coração da Terra de Miranda e em 1988 tudo acabou. Durou 50 anos. Do Pocinho para cima nada resta se não as memórias das gentes e dos muitos ferroviários que foram restando como guardas do património ferroviário que aqui foi deixado morrer de pé. Depois de anos de sonhos e riscos no mapa trançados por entusiastas do futuro, houve alguém que meteu mãos à obra e deu aos esboços no mapa os argumentos técnicos necessários para se dizer: a ferrovia não precisa de ficar à margem de Trás-os-Montes. Esse alguém é a Associação Vale d'Ouro, que hoje recebemos num programa gravado ao vivo no mini-auditório de Miranda do Douro e que aqui apresentou o projecto que pode andar andar à volta dos 4 mil milhões de euros. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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